quarta-feira, 1 de junho de 2011

HIV

Projeto força na saúde
todos estão com você

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DISQUE SAÚDE
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Transmissão
Transmissão
O vírus é mais frequentemente transmitido pelo contacto sexual (característica que faz da AIDS uma doença ou infecção sexualmente transmissível), pelo sangue (inclusive em transfusões), durante o parto (mãe para o filho), durante a gravidez ou no aleitamento. Por isso é importante que todas as mulheres grávidas façam testes para HIV. No Brasil, é uma prática comum aconselhar gestantes que chegam ao hospital a fazer todos os testes de doenças transmissíveis verticalmente.
No Brasil, em 2002, a cobertura de exames de HIV em grávidas foi estimada em 52%, sendo pior no Nordeste com 24% e melhor no Sul com 72% de cobertura. Somente 27% seguiram todas as recomendações do Ministério da Saúde. Ter maior escolaridade e morar em cidades com mais de 500 mil habitantes foram os melhores preditores de grávidas que fazem todos os exames. [8] Ainda relativo ao Brasil, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente o leite substituto em alguns postos de saúde, hospitais e farmácias cadastrados.
No caso de transmissão pelo sangue, é mais provável por seringas compartilhadas entre usuários de drogas ou caso seja feita reutilização.
A transmissão pelo beijo é altamente improvável (estimado em menos de 0,01% de probabilidade), pois o vírus é danificado por 10 substâncias diferentes presentes na saliva. Além disso existem poucas células CD4 na boca. Ter boa higiene oral e tomar os medicamentos diminui as possibilidades ainda mais. Mesmo em pessoas com AIDS (carga viral no sangue por volta de 100.000/ml) é difícil encontrar rastros de HIV na saliva. [9]

[editar] Fatores de risco

No contacto sexual, pode ser qualquer tipo de sexo, como oral, vaginal e anal. A transmissão do HIV durante o contacto sexual pode ser facilitada por vários factores, incluindo:
  • Penetração sem proteção;
  • Ser o receptor (passivo) na relação sexual [10];
  • Presença concomitante de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente aquelas que levam ao aparecimento de feridas genitais;
  • Lesões genitais durante a relação sexual;
  • Elevado número de parceiros sexuais e relações desprotegidas;
  • Carga viral elevada da pessoa infectada.
  • Hemorróida avançada.

[editar] Características

No Brasil, nos últimos anos a transmissão do HIV que antes era predominantemente masculina, mais frequente entre os homossexuais e afetando todas as classes sociais, agora caracteriza-se por quatro processos[11]:
  • Heterossexualização;
  • Feminização;
  • Interiorização;(aumento nas cidades do interior)
  • Pauperização.(aumento nas populações mais pobres)
Outro dado observado é o aumento na proporção de pessoas com escolaridade mais baixa e em adultos com mais de 30 anos.

[editar] Fatores de proteção


O uso de camisinha evita a transmissão do HIV em casais heterossexuais onde um dos parceiros é HIV positivo.[12] Ver texto.
Alguns dos fatores que diminuem a probabilidade da transmissão são:
Em um estudo longitudinal de 20 meses de duração com casais heterossexuais sorodiferentes, de 124 casais que usaram sempre camisinha nenhum contaminou seu parceiro, enquanto 12 dos 121 que usavam camisinha inconsistentemente foram infectados.[12]
Também são raros os casos de transmissão por ferimentos, pois apesar de haver relatos esporádicos, o vírus não resiste muito tempo fora do corpo e é necessário que haja contato com o sangue tanto por parte do portador como do receptor. É pouco provável que o sangue contaminado em contato com uma pele saudável (sem ferimentos) contamine outra pessoa, apesar de ser possível, pois existem muitos fatores envolvidos.
O uso da terapia antirretroviral diminui em 96% o risco de transmissão do HIV. Por isso os remédios podem receitados aos parceiros não infectados de soropositivos. [15]
No caso de profissionais de saúde, é possível tomar os medicamentos anti-retrovirais para prevenir a infecção por 28 dias caso o contágio tenha ocorrido em menos de 72h. O risco estimado de contaminação por contato com uma agulha contaminada é de 0,3%. [16] [17]
No Brasil, pacientes que tenham experienciado situação com alto nível de contágio (como sexo anal sem camisinha com pessoa de sorologia desconhecida) há menos de 72h podem solicitar ao médico que prescreva anti-retrovirais para prevenir a contaminação.[18]

[editar] Sinais e sintomas

[editar] Infecção aguda inicial


Sintomas da fase aguda de HIV (em inglês).
Assim que se adquire o HIV, o sistema imunológico reage na tentativa de eliminar o vírus. Cerca de 15 a 60 dias depois, pode surgir um conjunto de sinais e sintomas semelhantes ao estado gripal, o que é conhecido como síndrome da soroconversão aguda.
A infecção aguda pelo HIV é uma síndrome inespecífica, que não é facilmente percebida devido à sua semelhança com a infecção por outros agentes virais como amononucleose, gripe, até mesmo dengue ou muitas outras infecções virais. Mas os sintomas mais comuns da infecção aguda são:
Além disso, muitos desenvolvem linfadenopatia. Faringite, mialgia e muitos outros sintomas também ocorrem.[19]
Em geral esta fase é auto-limitada e não há sequelas. Por ser muito semelhante a outras viroses, dificilmente os pacientes procuram atendimento médico e raramente há suspeita da contaminação pelo HIV, a não ser que o paciente relate ocorrência de sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas, por exemplo. Entretanto, na fase aguda inicial, mesmo sem tratamento adequado, os sintomas são temporários.

[editar] Progressão

Os pacientes poderão ficar assintomáticos por um período variável entre 3 e 20 anos e alguns nunca desenvolverão doença relacionada ao HIV. Este fato relaciona-se com a quantidade e qualidade dos receptores de superfície dos linfócitos e outras células do sistema imune. Tais receptores (os principais são o CD4, CCR5 e CXCR4) funcionam como fechaduras que permitem a entrada do vírus no interior das células: quanto maior a quantidade e afinidade dos receptores com o vírus,maior será a sua penetração nas células, maior a replicação viral e maior velocidade de progressão para doença.
Foi criada então uma classificação não muito rígida:
  • Rápido progressor (adoece em até 3 anos)
  • Médio progressor (adoece entre 4 e 7 anos)
  • Longo progressor (entre 8 e mais anos)
Estas características são determinadas por fatores genéticos e outros fatores desconhecidos. Não obstante, os hábitos e a qualidade de vida podem ser determinantes da velocidade de progressão da doença, tendo em conta o impacto de fatores como tabagismo, alcoolismo, toxicodependência, estresse, alimentação irregular e outros.
A velocidade de progressão está relacionada com a queda da contagem de linfócitos T CD4 no sangue (a contagem normal dos linfócitos varia de 1.000 a 2.500 células/ml de sangue) e com a contagem da carga viral do HIV (a contagem da carga viral é considerada alta acima de 100.000 cópias/ml de sangue. A escala para carga viral é habitualmente logarítmica. Com o tratamento adequado, a carga viral tende a ficar abaixo de 50 cópias/ml.
O HIV destrói os linfócitos CD4 gradativamente (em média a contagem declina 80-100 células/ml/ano). A contagem relaciona-se inversamente com a gravidade da doença. Para fins de tratamento com as drogas anti-retrovirais consideram-se os seguintes parâmetros:
  • Abaixo de 200 células/ml: Muito vulnerável, tratar imediatamente;
  • Entre 200 e 350 células/ml: Vulnerável, deve ser iniciado o tratamento para evitar riscos;
  • Entre 350 e 500 células/ml: Pouco vulnerável, pode começar a critério médico;
  • Acima de 500: Saudável, não precisa começar o tratamento.
Porém todos os pacientes com doença oportunista relacionada ao HIV devem ser tratados mesmo com CD4 alto.

[editar] Doenças oportunistas

Os sinais e sintomas das doenças relacionadas ao HIV são extremamente variáveis. Uma característica importante é a contagem de linfócitos T CD4. As doenças oportunistas mais comuns que podem sinalizar a contaminação por HIV são:
Os sintomas destas doenças são muito parecidos e somente um médico com experiência e em local com apoio laboratorial poderá fazer o diagnóstico e tratamento de cada uma delas. EM CASO DE SUSPEITA SEMPRE DEVEMOS PROCURAR UM MÉDICO. Não é possível predizer que doença acometerá o paciente.
Pessoas que desconhecem que estão com o vírus são as que mais adoecem e só assim descobrem que estão contaminadas.

[editar] Prevenção

Com o surgimento das Terapias Anti-Retrovirais (TAR), foram desenvolvidas estratégias de prevenção secundária (após a doença) e terciária (após agravamento). Entretanto a epidemia continua a contaminar anualmente 2,7 milhões de pessoas, segundo dados da OMS de 2008.[7]
Em 2006, o médico da OMS Brian G. William defendeu a circuncisão masculina na África como método eficaz de prevenção (60% de eficácia).[20] O mesmo médico em fevereiro de 2010 defendeu em San Diego o uso de anti-retrovirais com baixos efeitos colaterais por pessoas sem o vírus como meio de frear a epidemia.[8]
Segundo a Organização Não-Governamental sem fins lucrativos IAVI (International AIDS vaccine iniciative) o HIV infecta quase 7.400 pessoas por dia e uma vacina com 50% de eficácia distribuída para 30% da população mundial poderia proteger 5.6 milhões de indivíduos. Em conjunto com 40 laboratórios, o grupo trabalha na vacina desde 1996. Até agora nenhuma vacina teve mais de 33% de eficácia [9].
Em um estudo recente que incluiu o Brasil, o uso de um comprimido de anti-retroviral (tenofovir) por homens saudáveis preveniu 44% de novas infecções, chegando a 72% nos pacientes que tomaram o remédio em mais de 90% dos dias. [21]
Mães soropositivas que tomem o anti-retroviral durante a gravidez tem apenas de 1 a 2% de chance de transmitir o HIV ao filho. Muitas grávidas ainda tem medo de fazer o teste e/ou se recusam por não se identificarem como possíveis portadoras mesmo sem saber a sorologia do parceiro. Por isso, campanhas de conscientização estão sendo feitas em vários hospitais públicos no Brasil desde 2000.[22]

[editar] Após situação de risco

Caso um dos parceiros seja diagnosticado como HIV positivo e o outro como HIV negativo, é possível, a critério médico, prescrever os anti-retrovirais para o parceiro soronegativo também, para prevenir a infecção. [23]
De forma semelhante, em vários países inclusive no Brasil, é possível solicitar anti-retrovirais gratuitamente a um médico até 72h após uma situação de risco (como sexo anal sem camisinha). Esse tratamento preventivo dura aproximadamente um mês e é eficaz na prevenção de HIV em mais de 80% dos casos. É uma opção do médico prescrever ou não, mas o paciente pode procurar outros médicos em caso de recusa. Em uma pesquisa em uma parada gay nos Estados Unidos 7% dos entrevistados já tomaram anti-retrovirais preventivamente. (Mais informações no site da sociedade brasileira de infectologia[10])

CENTROS DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO NO BRASIL

Centros de Testagem e Aconselhamento no Brasil

O teste rápido é usado em alguns hospitais públicos nas grávidas para prevenir a transmissão para o filho
No Brasil, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente exames para detectar a resposta do organismo ao vírus do HIV. Podem ser feitos em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em alguns hospitais.
Primeiro é efectuado um teste ELISA. Caso o resultado seja positivo ou haja dúvidas, é feito o Western-blot, um exame mais eficaz na detecção mas que também é mais caro e complexo. É importante lembrar que, como ambos os exames detectam a resposta imunológica ao vírus, é necessário esperar de 30 a 90 dias depois do contágio para o exame ser mais preciso (ver: janela imunológica).
O resultado é sigiloso, sendo geralmente entregue pessoalmente ao paciente que pode ser seguido em consulta de aconselhamento por profissionais de saúde, de forma a alertar sobre os riscos, encaminhar para outros serviços de saúde e a serviços de acompanhamento psicossocial.
Além do HIV, são feitos simultaneamente exames para sífilis, Hepatite B e Hepatite C pois elas também são doenças sexualmente transmissíveis transmissíveis pelo sangue e que podem levar a danos permanentes e morte se não tratadas corretamente.
É possível encontrar o CTA mais próximo da sua moradia no site do Fique Sabendo: [11].

[editar] Teste rápido

Desde 2010 a Fiocruz produz o kit de teste rápido usando os fluídos da boca para identificar resposta do organismo ao HIV entre 20 a 30 minutos. O teste tradicional demora cerca de um mês e um grande número de pacientes não retorna para buscar o resultado. Esse novo teste Confirmatório Imunoblot Rápido, possui uma margem mínima de erro e custa cinco vezes menos ao governo federal que o modelo rápido anterior. Já está disponível em alguns hospitais públicos desde 2011. Uma das principais vantagens é não precisar expor mãe grávida e feto aos anti-retrovirais preventivamente enquanto o resultado não fica pronto como podia ser necessário no tradicional.[24]
Algumas cidades em Pernambuco, Bahia e Rondônia fizeram um projeto para aplicar o teste rápido em centenas de pessoas após o carnaval

fonte;

http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_da_imunodefici%C3%AAncia_humana#Transmiss.C3.A3o


Dro. Anderson F. F.
Enfermeiro
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