segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

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Educação Física da UnB desenvolve projeto para amenizar sintomas da doença
Erick Arruda
Da Assessoria de Comunicação do HUB
O programa de pós-graduação do curso de Educação Física da Universidade de Brasília está desenvolvendo um estudo que relaciona a prática da atividade física com uma melhora nos sintomas de Parkinson. Pacientes diagnosticados com a doença praticam musculação duas vezes por semana. O programa conta com instrutores que cursam desde a graduação até o mestrado, além de voluntários.

De acordo com o professor Ricardo Jacó de Oliveira, coordenador do programa, trata-se de um projeto de extensão e pesquisa. A ideia é tentar descobrir de que forma o exercício físico pode diminuir os efeitos da doença no organismo das pessoas. “Imaginamos que o fato de eles participarem de um programa de treinamento resistido possa melhorar o equilíbrio, a coordenação, aumentar a força muscular, além de proporcionar um aumento na autoestima do indivíduo com Parkinson”, diz.

Oliveira, que é Doutor na área de neurologia experimental/neurociência e coordenador da pós-graduação de Educação Física, afirma que o programa tem buscado novas alternativas para o tratamento da doença. O Hospital Universitário de Brasília participa do projeto através da professora e neurologista Candice Coelho, que, voluntariamente, treina os alunos que participam do projeto no sentido de como identificar e lidar com o Parkinson.

Para participar, o paciente precisa ser diagnosticado com a Doença de Parkinson e estar nos níveis de um a três, dos cinco estágios que tem a enfermidade. Antes de iniciar os exercícios, o indivíduo passa por alguns exames, onde são medidas a força e a densidade óssea, por exemplo. Além disso, diz Oliveira, todos os alunos fazem acompanhamento fisioterápico: “Eles se queixam bastante de rigidez nas articulações dos ombros, principalmente”.

Arnaldo Salomão Farah (76), aposentado, participa do programa há apenas duas semanas, mas afirma já sentir alguma diferença. “Além do fortalecimento muscular, desenvolvemos o cérebro também, o que, acredito, irá amenizar os efeitos da doença”, destaca. Farah conta que seu exercício favorito é o que chama de “remo parado”. “É bom para desenvolver a musculatura dos membros superiores, que se enrijecem com a doença”, diz.

Novas Modalidades

Além da musculação, ainda este semestre o programa deve ser ampliado à ecoterapia e a dança. “Um aluno de doutorado iniciará, em algumas regiões do Distrito Federal, o trabalho com cavalos”, conta Oliveira. A Sociedade Hípica de Brasília e Hípica da Polícia Militar em Taguatinga devem receber o projeto.

Segundo Oliveira, o paciente diagnosticado com a Doença de Parkinson precisa se movimentar, para evitar a rigidez das articulações. É aí que entra a dança, que será trabalhada em duas modalidades que melhoram esse aspecto:

- Já há estudos internacionais que trabalham com o Tango. Aqui no Brasil, além desta modalidade, testaremos o forró, porque ele também tem essa característica de movimentação. Neste projeto, conseguimos trabalhar o ensino, a pesquisa e a extensão, além de fazermos uma contribuição social.

Serviço

Para participar, basta comparecer à secretaria da Faculdade de Educação Física da UnB e procurar a professora Rita de Cássia, que também coordena o programa. As aulas de musculação acontecem as segundas e quartas-feiras pela manhã ou à tarde e têm duração de uma hora por dia. Para dirimir qualquer dúvida ou pedir informações, basta ligar nos números (61) – 3107-2560 ou (61) 9622-1708.

fonte: Educação Física da UnB desenvolve projeto para amenizar sintomas da doença