sábado, 21 de maio de 2011

IV Conferência de Saúde Mental

Projeto Força na Saúde
           
todos estão com você.
         Afastar um paciente por longo tempo do convivio social da sua familia e de sua comunidade revelou-se ineficiente e desumano. Por isso.
         O Ministério da Saúde lançou, através de lei n 10.708, de 31 de julho de 2003, o Programa de Volta para casa, destinado a pessoas acometidas de transtornos mentais egressas de longas internações.

         Historicamente, sabemos ,o tratamento dessas pessoas baseouse no isolamento dos hospitais psiquiátricos, e essa mudança requer ações e cuidados especificos.

         Dai o incentivo á organização de uma rede ampla e diversificada de estratégias e recursos assistenciais para esse "retorno" , que vêm ao encontro das recomendações da Organização Panamericana de saúde. OPAS e da Organização Mundial de Saúde  - OMS para a area de saúde mental.

         Então, amigos e amigas, vamos falar um pouco dessas recomendoções, cujas determinações nem sempre são fáceis de entender.
         Em primeiro lugar, observa-se que essas determinações visam reverter gradativamente o modelo assistencial atual, que é centrado na internação de pacientes em hospitais e clinicas especializadas. por isso, as organizações de saúde propõem uma nova forma de atendimento que objetiva chegar a um modelo de atenção de base comunitária, consolidada pelos serviços territoriais, de atenção diária, inclusive com participação familiar, de modo a garantir ás pessoas acometidas de transtornos mentais, egressas de internação psiquiátrica, há longo tempo hospitalizados ou para os quais se caracteriza dependência institucional, è a chamada " politica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida"

         Então, tendo como parâmetro o objetivo estabelecido para o programa que é "contribuir efetivamente para o processeo de inserção social das pessoas portadoras de transtornos mentais, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convivio social, capaz de assegurar o bem estar global e estimular o exercicio pleno de seus direitos civis, politicos e de cidadania", podemos avaliar a importância do desafio, considerando, ainda, que a população beneficiada por este programa é de cerca de 15 mil usuários do SUS.
                         
                                                     IV Conferência de Saúde Mental


       

          Espera-se, com os recursos destinados para esse fim, com a devidaatenção a alguns requisitos estabelecidos pela Lei, como idade, patologia,condição socioeconômica, a reinserção social desse segmento significativo da População.

          Ressaltamos, aqui, a contribuição efetiva e afetiva que a equipe de profissionais de saúde pode dar a este Programa, da mais diferentes maneiras.

         Quer no apoio direto aos beneficiários, garantindo-lhes atenção continuada em saúde mental, baseada em programas de reabilitação psicossocial assistida, quer acompanhando e avaliando o processso de reintegração social deste individuo na familia e na sociedade, certamente a nossa atuação será indispensável.

         Se há um campo, no qual os problemas reais encontrados estão fortemente avidos de solução, este e o campo da saúde mental. Bem sabemos da importância de uma assistência digna e facilitadora do convivio social para que o portador de transtornos mentais, a sua familia e a comunidade possam ser estimulados a usufruir a cidadania.

          Para que isso realmente ocorra, deve haver o envolvimento de diversos setores, nos mais diferentes niveis da organização politica e social,

         Destacamos agora as responsabilidades do SUS em relação aos gestores;

         1- No ambito municipal: integralidade da saúde, continuidade dos cuidados iniciados no hospital; encaminhamento para o Ministério da Saúde e acompanhamento das informações cadastrais dos beneficiários do Programa. 

         2 -No âmbito estadual: acompanhamento, confirmação, análise e articulação das ações do Programa, definindo a distribuição dos recursos indeferidos pelos municipios entre os hospitais e instituições beneficiadas pelo Programa para o tratamento psiquiátrico.

         3 - No âmbito federal: providenciar, organizar e consolidar os cadastros dos beneficiários do Programa, definir critérios de prioridades, zelar pelo monitoramento, julgar recursos, processar folha de pagamento e constituir uma comissão gestora do programa de volta para casa.

            Como diz Leonardo Boff ;

                            Cuidar do outro é zelar para que esta dialogação, esta ação de diálogo eu-tu, seja       libertadora, sinergética e construtora de aliança perene de Paz e de amorização. 






Projeto Força na Saúde
           
todos estão com você.